Neri Geller, ex-secretário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), foi demitido em uma decisão assinada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT). Geller esteve no centro dos problemas do controverso “leilão do arroz”.
Em entrevistas a vários meios de comunicação, Geller não poupou críticas e “caiu atirando”, como diz o adágio popular. Ele tentou desmentir que havia pedido demissão e afirmou que o leilão foi um erro político, que não foi dele, e que soube de sua exoneração pela imprensa.
Geller afirmou que estava sendo o “bode expiatório” e que o governo federal não seguiu as orientações técnicas. Ele disparou contra o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e da Casa Civil, responsabilizando-os pela decisão de realizar o leilão.
O leilão de 263 mil toneladas de arroz, que ocorreu na semana passada, foi anulado na terça-feira (11). Geller afirmou que o certame foi mal organizado e politizado por parte da oposição em um momento difícil para o Rio Grande do Sul. Segundo ele, o ministério tinha a informação de que 78% da produção de arroz do Rio Grande do Sul já havia sido colhida e armazenada. Além disso, “boa parte das plantações que faltavam ser colhidas” estava fora da faixa de inundação. De acordo com o ex-secretário, a decisão de importar 300 mil toneladas foi da Casa Civil.