O presidente Lula (PT) vai se reunir — possivelmente ainda hoje — com o ministro da Defesa, José Múcio, e com os três comandantes das três Armas. Segundo a colunista Ana Flor, eles pretendem garantir ao presidente que os militares envolvidos em atos golpistas serão punidos.
O objetivo é duplo. Por um lado, querem afastar a tropa da política; por outro, inaugurar uma nova relação com o governo, que começou envenenada pelo golpismo bolsonarista. No encontro, também será apresentado o primeiro plano estratégico mensal encomendado por Lula aos militares. (g1)
O trabalho pela frente não é pouco. Durante os atos do dia 8, o coronel do Exército José Plácido Matias dos Santos conclamou nas redes que coronéis com comando de tropa se rebelassem e que o comandante da Arma, general Júlio César de Arruda, comandasse um golpe de Estado.
Ele ainda ofendeu o comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, a quem chamou de “prostituta do ladrão”, e o ministro da Justiça, Flávio Dino. A conduta é ainda mais grave porque Santos atuou no Gabinete de Segurança Institucional, GSI, de fevereiro de 2019 a março de 2022, sendo um dos homens de confiança do general Augusto Heleno. (Estadão)