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    “Por que piloto não pediu ajuda?”, questiona família de desaparecidas em helicóptero

    Em entrevista à CNN neste domingo (7), dia que completa uma semana de buscas pelo helicóptero desaparecido no litoral norte de São Paulo, os familiares das passageiras Luciana Rodzewics e Leticia Rodzewics criticam a decisão do piloto de ter retomado voo após pouso de emergência.

    Neusa Rodzewics, mãe a vó das desaparecidas, conta que a neta enviou um vídeo para o namorado quando fez o pouso de emergência e ele teria insistido para ela não retornar.

    “Por que o piloto não ficou lá e não pediu ajuda? Por que ele tinha que sair dali? Por que ele quis voar se não tinha combustível? Ele tinha que ter ficado lá e ter esperado socorro, já teria resolvido tudo isso”, desabafa Neusa.

    Ela ainda conta que a neta Leticia gostava de fazer alguns passeios, mas aquela foi a primeira vez da neta em um helicóptero. “Ela iria apenas almoçar e voltava a noite”.

    No dia do voo, Letícia enviou mensagem ao namorado relatando que o helicóptero havia feito um pouso de emergência e que havia muita neblina naquele momento.

    Ela disse estar com medo e acrescentou que a aeronave tentaria retornar. A jovem não soube precisar o local onde o grupo estava.

    Investigação por voo irregulares
    O piloto Cassiano Tete Teodoro era o responsável pelo helicóptero que desapareceu na tarde do último domingo, 31, no litoral de São Paulo. Em seu histórico, Cassiano tem uma investigação por voos irregulares e uma cassação por dois anos, de 2021 a 2023, de sua licença para voar. Ele não tinha permissão para realizar voos comerciais de passageiros.

    A informação foi confirmada pela ANAC que, em nota, afirmou que a aeronave “o helicóptero se encontra em situação normal de aeronavegabilidade, conforme registro em anexo, sem permissão para realização de serviço de táxi-aéreo.”

    Histórico do piloto
    Uma das investigações contra Cassiano começou em 2020, quando ele precisou fazer um pouso de emergência de um helicóptero no terraço de um prédio na Avenida Faria Lima, zona oeste da cidade de São Paulo. Piloto e passageiros saíram ilesos do incidente.

    Na época, o acidente foi investigado pelo Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV). Registros da apuração apontavam que a aeronave apresentou tendência de giro involuntário para a esquerda, seguido de perda de sustentação.

    Por conta do incidente, o caso passou a ser investigado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) por ter indícios de prestação de serviço irregular de táxi-aéreo, já que Cassiano não tinha autorização legal para oferecer voos remunerados.

    Investigações
    Em um dos processos, o piloto foi acusado de ter fraudado o sistema de plano de voo ao informar matrícula de uma aeronave diferente da que ele usava, em 2016. Foi recomendada a abertura de um processo de cassação de licença do piloto por “caso grave de apresentação de informações falsas ao órgão de controle do espaço aéreo no intuito de obter vantagens pessoais ao decolar com aeronave não autorizada”.

    Teodoro foi multado, em 2016, por conduta irregular em plano de voo e também foi suspenso cautelarmente, em 2017, por 93 dias, e, em 2019, por 73 dias, por indícios de transporte aéreo clandestino.

    No decorrer do processo administrativo, a Anac diz que informou ao Ministério Público do Estado de São Paulo sobre o caso, além de contar com o apoio da Polícia Civil em operações. Duas aeronaves pilotadas por Cassiano Teodoro também foram suspensas cautelarmente, em 2017 e 2019.

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