Para os moradores de Rondonópolis, a desordem no trânsito não é uma surpresa. A falta de especialistas qualificados na gestão do trânsito tem sido um problema crônico, com secretários transitando pela pasta sem o conhecimento necessário.
A atual administração municipal tem sido criticada por deixar a Secretaria de Trânsito nas mãos de indivíduos sem a capacitação adequada, uma questão preocupante, pois o trânsito é um dos principais indicadores de fatalidades na cidade.
Dados e estatísticas das autoridades locais, como a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros, o SAMU, a Secretaria de Saúde, a Polícia Civil e a Politec, confirmam que antes da instalação de lombadas eletrônicas e radares, os índices de acidentes e mortes eram elevados. Com a implementação desses dispositivos, houve uma redução significativa nesses números. No entanto, a recente política de remoção de radares e lombadas eletrônicas, juntamente com a desativação do pátio municipal de trânsito, tem levado a um aumento preocupante de acidentes.
Nas últimas semanas, o aumento de acidentes graves e fatais no perímetro urbano tem chamado a atenção. Em um incidente particularmente trágico, uma equipe de fiscalização de trânsito, conhecida como “amarelinhos”, foi vista passando pelo local de um acidente fatal sem oferecer assistência, apesar da presença de várias forças de segurança trabalhando para controlar o caos. O incidente mencionado ocorreu no cruzamento da Avenida Presidente Médici com a Rua Rio Grande do Sul, sexta-feira (5).
Além disso, problemas como a falta de sincronização dos semáforos, insuficiência de sinalização horizontal e vertical, proibição inadequada de estacionamento em vias rápidas e a presença desnecessária de quebra-molas têm contribuído para a perigosa situação do trânsito. Esses erros graves têm consequências fatais, manchando a beleza e o charme de Rondonópolis com um trânsito que se tornou sinônimo de perigo e morte.