O processo de investigação da Americanas deve levar menos de seis meses para ser concluído, segundo fontes. Estas afirmam que é dado como certo que o rombo bilionário não é um erro, mas uma fraude contábil. Os valores omitidos não apareciam como dívidas e não sofriam cobrança de juros, deixando o resultado mais positivo no balanço. E tendo a empresa bônus atrelados a resultados, quanto menos dívidas aparecessem, maior a remuneração recebida.
A crise trouxe à tona desconfiança sobre a possível responsabilidade de integrantes do conselho de administração e de altos executivos agravada diante das notícias de que membros da diretoria teriam vendido ações pouco tempo antes de o caso ser divulgado. Até o trio de bilionários e principais acionistas da Americanas estão sendo questionados, com credores preparando uma ação criminal que os inclui. Em nota, o trio nega que conhecesse qualquer manobra contábil e se compromete em trabalhar pela recuperação da companhia.
Já os acionistas minoritários da Americanas vão entrar com uma ação contra a consultoria multinacional PwC, já que o balanço – com o rombo de R$ 20 bilhões – foi aprovado pela consultoria em 2021 sem nenhuma ressalva.
O Instituto Brasileiro de Cidadania (Ibraci) solicitou à Justiça do Rio para incluir no pedido de ação civil pública o pagamento de indenização a comerciantes, a consumidores que possam ter problemas com entregas e a credores.
Por sua vez, a Americanas publicou um comunicado aos clientes no sábado (21) em que diz não terem sido afetadas as compras e entregas de pedidos feitos. Em nota, a empresa disse que “segue operando normalmente” e “nada mudou”.
Redação com Meio