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    O VIAGRA DAS FORÇAS ARMADAS E O LORAZEPAM DOS PATRIOTAS

    Por Marcelo Marreta

    O brasileiro, por motivos históricos e socioculturais que não valem a pena serem comentados, costuma terceirizar o que é de sua responsabilidade para outrem. No caso do momento recente ao qual vivemos, o povo brasileiro foi clamar aos militares na frente dos quartéis por todo o país.

    Toda a indignação é justa – quem não considerou absurdas algumas ações que frequentemente foram vistas por parte dos esquerdistas –, todavia a súplica aos militares era pedir para colocar o lobo dentro do galinheiro. Quando os milicos vêm se meter em política eu já saco o meu rolo de papel higiênico, porque tenho certeza de que dará merda. Duvida? Pergunto a você, leitor, quem expulsou o imperador Dom Pedro II do Brasil? Quem auxiliou Getúlio Vargas a estabelecer e a sustentar sua ditadura? Quem abdicou do povo para ficar no poder em 1964?

    Nós, o povo, não devemos contar com as Forças Armadas, que está muito mais à serviço das Organizações das Nações Unidas (ONU) do que qualquer outra coisa. O primeiro gritinho de socorro da ONU é atendido – vide a missão MINUSTAH no Haiti –, mas qualquer dever com os brasileiros é respondido com pacifismo. Quem personifica perfeitamente o que são as Forças Armadas é o General Mourão.

    Como diria Olavo de Carvalho, é um general de guerra de travesseiro: diante dos seus irmãos maçons em um pronunciamento no dia 17 de setembro de 2017, em Brasília, ele afirmou que “na minha visão, que coincide com os companheiros do alto comando do exército, nós estamos numa situação daquilo que poderíamos lembrar lá da tábua de logaritmo, aproximações sucessivas, até chegar ao momento que ou as instituições solucionam o problema político, retirando da vida pública esses elementos envolvidos em todos os ilícitos, ou então nós teríamos que impor isso […]. Então, no presente momento, o que nós vislumbramos? Os poderes terão que buscar a solução, se não conseguirem, chegará a hora que nós teremos que impor uma solução”.

    A visão de mundo do General Mourão se limita de modo análogo aos 400 metros de distância entre o Colégio Militar de Porto Alegre, onde estudou, e o Templo Positivista, isto é, é inteiramente baseada na doutrina de Augusto Comte, o positivismo.

    Em suma, o positivismo reduz todo o conhecimento humano ao cientificismo, ou seja, a única maneira de compreender a realidade é através da ciência, sendo assim, qualquer matéria que não utiliza a linguagem matemática como prisma deve ser deixada de lado para o cientificismo imperar. Pode ser uma filosofia bem funcional para quem a serventia se limita a fazer asfalto, pintar meio-fio, aparar a grama etc., contudo, impede a compreensão da verdadeira realidade.

    É comum os militares considerarem as ideologias políticas como algo a ser desprezado, eles realmente acreditam que a ciência e a técnica estão acima de qualquer ideologia, por essa razão que, após vencerem as guerrilhas comunistas, os militares pouca atenção deram aos jornais, às editoras, aos cursos de ciências humanas das universidades e à cultura em geral, isso tudo é subestimado por eles. A cabeça de um militar é isso.

    Para contrastar, um ano depois daquele pronunciamento aos maçons, o General Hamilton Mourão afirmou o seguinte a respeito da greve dos caminhoneiros: “Tem gente que quer as Forças Armadas incendiando tudo. E a coisa não pode ser assim, não pode ser desse jeito. Não concordo. Soluções dessa natureza a gente sabe como começam e não sabe como terminam. Acho que a coisa tem que ser organizada, concertada. Se o governo não tem condições de governar, vai embora, renuncia. Antecipa as eleições, faz qualquer coisa, mas sai do imobilismo dele”. Resumindo, era o mesmo que falar: “essas disputas ideológicas não são da alçada das Formas Armadas, nós estamos acima disso”.

    Repito: não podemos contar com as Forças Armadas Brasileiras. Está na hora de todos os patriotas aceitarem a dissonância cognitiva, em outros termos, conformarem-se com as respostas negativas que vieram dos militares e do vice-presidente Mourão em pronunciamento oficial, por mais que elas vão de encontro com as vontades e os valores mais sinceros de vocês. Os trabalhos a serem feitos agora é de oposição ao Governo Lula e de base na formação e na preparação de jovens e de uma militância de direita mais organizada.

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