Em meio a uma enxurrada de críticas por envolvimento no governo de Jair Bolsonaro (PL), atuação diante dos acampamentos e participação de militares em casos investigados pela Polícia Federal, o Exército busca melhorar sua imagem dentro e fora da caserna.
O comandante da Força, general Tomás Paiva, emitiu na sexta-feira uma ordem interna com medidas para intensificar o “fortalecimento da coesão” e a valorização da “família militar”. “Os quadros da Força devem pautar suas ações pela legalidade e legitimidade, mantendo-se coesos e conscientes das servidões da profissão militar”, afirma.
Entre as medidas, há um esforço para afastar a imagem de que o Exército atua fora da legalidade e ações para aumentar a satisfação, como o estudo de uma proposta de aumento salarial.
O buraco é mais embaixo. A confiança nas Forças Armadas despencou entre dezembro e agosto: 33% disseram “confiar muito” nos militares agora ante 43% que faziam a mesma afirmação no fim do ano passado, segundo pesquisa Genial/Quaest.
Já aqueles que dizem “confiar pouco” ou “não confiar” passaram de 54% para 64%. A queda foi registrada em praticamente todos os segmentos, sendo mais acentuada entre os que votaram em Bolsonaro no segundo turno, com os que confiam muito passando de 61% para 40%.
Felipe Nunes, diretor da Quaest, diz que a mudança na avaliação dos bolsonaristas sugere “algum tipo de frustração, de alguma expectativa que havia entre essas pessoas”.
Redação com Meio