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    Tempestade solar ameaça comunicações e tráfego aéreo

    A tempestade geomagnética mais forte em mais de duas décadas atingiu a Terra nesta sexta-feira (10/05), devendo prolongar-se por todo o fim de semana. Além de produzir espetaculares auroras boreais, o fenômeno pode provocar interrupções nas comunicações por satélite e nas redes elétricas.

    Ejeções de massa coronal (EMC) são grandes emissões de plasma e campos magnéticos a partir do Sol, Segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês), a primeira de várias erupções se produziu pouco depois das 13h00, no horário de Brasília (18h00 em Berlim).

    A agência caracterizou a tempestade geomagnética como “extrema”. Em 2003, emissões semelhantes provocaram apagões na Suécia e danos à infraestrutura de energia elétrica da África do Sul. Autoridades alertaram companhias aéreas e operadores de satélites e de redes elétricas quanto a possíveis perturbações causadas por alterações do campo magnético terrestre.

    Em contraste com as erupções solares, que se deslocam à velocidade da luz e alcançam a Terra em oito minutos, as EMCs viajam a “apenas” 800 quilômetros por segundo. Os meteorologistas esperam poder precisar melhor o impacto das emissões quando elas estiverem a 1,6 milhão de quilômetros do planeta.

    Distúrbio para satélites e pombos, “céus bíblicos” na Tasmânia
    Os campos magnéticos gerados por tempestades solares induzem correntes em grandes condutores, como cabos de eletricidade, resultando em cortes de energia. São também possíveis impactos sobre a comunicação por rádio de alta frequência, GPS, veículos espaciais e satélites. Potenciais afetados são, ainda, pombos e outras espécies que possuem bússolas biológicas-

    O outro lado desse fenômeno astronômico são fascinantes auroras polares – boreais ou austrais, segundo o hemisfério onde ocorram –, em locais onde normalmente não são observadas. Em várias partes da Alemanha registraram-se auroras boreais na noite da sexta-feira para o sábado. Fotos do espetáculo natural de luzes, tiradas no norte da Europa e Oceania, inundaram as redes sociais.

    “Acabamos de acordar as crianças para verem a aurora boreal no quintal dos fundos”, comentou à AFP Iain Mansfield, membro de um centro de estudos de Hertford, Reino Unido. O fotógrafo Sean O’ Riordan postou no X (ex-Twitter) imagens de “céus absolutamente bíblicos na Tasmânia às 4horas da madrugada”.

    A maior ejeção de massa coronal já registrada foi o “evento de Carrington”, que deve seu nome ao astrônomo amador inglês Richard Christopher Carrington (1826-1875). Em setembro de 1859, o fenômeno extremo causou graves danos às redes telegráfica e elétrica dos EUA, com a aurora boreal resultante visível em latitudes inéditas, até na América Central.

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