O ministro da Economia, Paulo Guedes, prepara uma PEC para logo depois do segundo turno em que, entre outras coisas, desvinculam-se os reajustes do salário mínimo e de benefícios previdenciários da inflação.
Esse plano seria uma maneira de reformular o teto de gastos. As medidas seriam necessárias para acomodar promessas da campanha de Jair Bolsonaro (PL), como de manter o Auxílio Brasil em R$ 600.
O trecho da proposta a que a Folha teve acesso diz que “o salário mínimo deixa de ser vinculado à inflação passada” e o piso “considera a expectativa de inflação e é corrigido, no mínimo, pela meta de inflação”. Na prática, a proposta deixa espaço para correções aquém da inflação. (Folha)
A desindexação não significa, necessariamente, que se vá corrigir o salário mínimo abaixo da inflação. Em evento na Confederação Nacional do Comércio (CNC), ele disse que “é claro que vai ter o aumento do salário mínimo e aposentadorias, pelo menos igual à inflação. Mas pode ser até que seja mais.
Quando se fala em desindexar, as pessoas geralmente pensam que vai ser menos que a inflação, mas pode ser o contrário”. A proposta, segundo o ministro, pode ser incluída na PEC que prevê tributos sobre lucros e dividendos, já em tramitação. “A PEC que está combinada já de sair, combinada politicamente, com compromissos, é a taxação sobre lucros e dividendos para pagar o Auxílio Brasil. Isso tem que acontecer rápido justamente para garantir o ano que vem.” (G1)
