A Polícia Civil deflagrou na manhã desta terça-feira (27), a segunda fase da Operação Escocês e cumpriu 36 ordens judiciais contra um grupo investigado por fornecer drogas na modalidade “delivery”. Ao todo, seis mandados de prisão foram cumpridos no estado, sendo quatro em Cuiabá e em Várzea Grande, um em Pontes e Lacerda (MT) e um em Tangará da Serra (MT).
As ordens, entre mandados de prisão, busca e apreensão e bloqueio de contas bancárias também foram cumpridas no Rio de Janeiro, Planaltina (DF) e Natal, no Rio Grande do Norte.
Segundo a polícia, na segunda fase da operação, o foco é atingir o patrimônio dos investigados que foi adquirido por meio das atividades ilícitas.
De acordo com o delegado a Polícia Civil Gutemberg Lucena, além de poções de drogas, equipamentos eletrônicos, dinheiro e celulares, a polícia também apreendeu armas e munições em situação irregular na casa de um dos investigados.
“Alguns grupos têm utilizado a rede social para fazer esses contatos, pela facilidade da comunicação na internet e depois fazem essa distribuição. Em contato, os usuários pedem e mandam entregar utilizando até transporte por aplicativo e, às vezes, as pessoas nem sabem que estão transportando essas porções”, disse.
A operação contou com apoio das unidades da Diretoria de Atividades Especiais, equipes da Delegacia de Pontes e Lacerda e Delegacia Regional de Tangará da Serra. Nos outros estados, os trabalhos contaram com apoio da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord) do Distrito Federal, Polícia Civil do Rio Grande do Norte e da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Primeira fase
A primeira fase da operação, deflagrada em junho de 2023, apurou-se que um investigado do Distrito Federal abastecia uma rede de contatos que atuam na distribuição de drogas em Cuiabá. Nesta primeira etapa foram apreendidas porções de drogas variadas e objetos que materializaram as condutas de tráfico e associação para o tráfico.
A investigação realizada começou em 2022 e foram identificados três grupos criminosos envolvidos no comércio de drogas sintéticas.
O principal investigado da primeira fase, identificado como “Escocês”, foi preso na operação, porém foi colocado em liberdade provisória poucos dias depois, voltando à atividade criminosa de venda de drogas. A atuação ilícita foi prontamente identificada pela equipe de investigação, que passou a acompanhar a movimentação de todo o grupo.
Durante as investigações também foram identificadas inúmeras transações financeiras suspeitas entre os investigados.
O nome da operação é referência ao principal suspeito que se intitulava, desde a primeira fase, como “o Escocês”.