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    CORRUPÇÃO ELEITORAL| PF compartilha provas contra 1ª dama de Rondonópolis e vereador por compra de votos em MT

    O juiz da 51ª Zona Eleitoral de Cuiabá, Francisco Alexandre Ferreira Mendes Neto, autorizou o compartilhamento de provas obtidas pela Polícia Federal (PF), contra a candidata a deputada federal Neuma de Morais (PSB), suspeita de compra de votos nas eleições de 2022. Ela é esposa do prefeito de Rondonópolis, Zé do Pátio (PSB).

    A decisão do juiz é da quarta-feira (16/11). Francisco Alexandre Ferreira Mendes Neto revelou que a Procuradoria Regional Eleitoral deverá utilizar as provas para ingressar com uma ação civil pública contra “Dona Neuma”. Outro alvo é Roni Magnani (PSB) vereador e presidente da Câmara Municipal de Rondonópolis.

    “Tendo em vista a relevância dos fatos sob escrutínio, que, caso confirmados reclamam a devida reprimenda nas searas próprias, presentes os requisitos comumente indicados pela doutrina especializada, quais sejam, identidade de partes e de fatos, por razões de necessidade, racionalização e eficiência da prestação jurisdicional, sendo consabido, ademais, que as provas angariadas nos autos só podem vir a lume, ordinariamente, por intermédio de procedimento criminal, não há suporte para a sua negativa”, explicou o magistrado.

    No último dia 4 de novembro, a Polícia Federal (PF) cumpriu seis mandados de busca e apreensão, nas cidades de Cuiabá e Rondonópolis, contra seis investigados de corrupção eleitoral em outubro deste ano. As investigações tiveram início após a prisão em flagrante de Odenir Nunes de Oliveira, que se apresentava como “assessor e intermediário político” de duas candidaturas. Uma delas é a ex-candidata a deputada federal e primeira-dama de Rondonópolis, Dona Neuma. O outro é o candidato a deputado estadual, Roniclei Magnani.

    Na ocasião da prisão em flagrante, foram apreendidos em poder do investigado R$ 11,3 mil, material de campanha dos dois candidatos, lista de eleitores supostamente cooptados, dentre outros elementos probatórios. No decorrer das investigações, a Polícia Federal constatou que o preso era intermediário dos candidatos e oferecia dinheiro pelo apoio político às lideranças partidárias nos bairros.

    O prefeito de Rondonópolis, Zé do Pátio, não foi alvo da operação, mas sua residência foi alvo de busca e apreensão relacionadas à esposa.

    Redação com Folha Max

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