segunda-feira, maio 20, 2024
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    Professora aprovada em 1º lugar em concurso é desclassificada após diagnóstico de autismo: ‘me senti humilhada’

    A professora Giulyane Santana, de 25 anos, aprovada em 1º lugar na categoria de Pessoas Com Deficiência (PCD) em um concurso da Prefeitura de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, não conseguiu assumir o cargo após ter sido considerada inapta pela banca avaliadora devido ao diagnóstico de autismo. A candidata está impedida de tomar posse no concurso, cuja convocação para o cargo foi publicada no Diário Oficial do município nos dias 26, 27 e 28 de janeiro.

    Nessa quinta-feira (1°), a Defensoria Pública ingressou com uma ação contra o município, solicitando a imediata emissão de atestado de aptidão de sanidade e capacidade física da candidata.

    O g1 procurou a prefeitura de Rondonópolis para pedir um posicionamento sobre o caso, mas, até a última atualização desta reportagem, não obteve retorno.

    Segundo o defensor público Valdenir Pereira, o resultado da avaliação da prefeitura foi baseado em um trecho do laudo médico encaminhado pela própria candidata, que dispõe que ela “evite lugares muitos cheios, se possível (em situações de interação social que não agreguem ou que não considerem prazerosas como festas cheias, bailes etc.)”.

    “Não levou em consideração que esse mesmo atestado conclui que ela é plenamente capaz e apta para o exercício do magistério. Há mais de quatro ano ela atua na área, então essa conclusão da perícia é totalmente contrária às evidências”, ressaltou.

    Após o resultado, a candidata ingressou com um recurso administrativo no dia 23 de janeiro, julgado improcedente no dia 26 do mesmo mês pelo município. No entanto, conforme a ação da Defensoria, o laudo emitido pela psiquiatra foi interpretado de forma errônea.

    Em entrevista, Giulyane contou que quando passou pela perícia, o médico responsável disse que ela estava apta, no entanto, após sair da sala, a resposta mudou. Segundo ela, enquanto aguardava pelo documento de liberação, uma assistente social disse que ela não estava mais apta para o cargo.

    A candidata ainda alega que, quando questionou se haveria alguma diferença caso ela tivesse se inscrito na categoria de ampla concorrência, uma das responsáveis no local teria dito para a jovem que não, pois ela tem ‘cara de autista’.

    “Me senti humilhada. Na minha casa eu tenho muitas manias sim, mas na escola não. Na minha profissão eu entro lá como professora e não como uma menina que tem autismo, não interfere em nada no meu trabalho”, expressou.

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