Antes de ficar conhecido mundialmente por ter sido levado sem sinais vitais pela sobrinha até um banco para sacar um empréstimo, Paulo Roberto Braga, de 68 anos, construiu toda uma história de vida que muitos desconhecem. Segundo informações obtidas pelo Fantástico, ao longo de sua trajetória, Paulo trabalhou como motorista de ônibus, e tinha quatro irmãos que moram em outros estados.
O idoso residia com a família da sobrinha Erika Nunes há 15 anos. Ele não manteve contato com seus irmãos, e nunca teve filhos. Paulo Roberto também não chegou a se casar, embora tenha tido parceiras ao decorrer da vida.
Ele teve seu quadro de saúde afetado devido a complicações com bebidas alcoólicas, segundo contam os familiares de Erika. Isso teria contribuído, inclusive, para a perda de mobilidade. A sobrinha seria a responsável por fornecer a ele os cuidados necessários.
Paulo Roberto ainda foi descrito por conhecidos como uma “excelente pessoa”, que estava sempre com a família.
– Ele era o cara da família. Mesmo, estava sempre com todo mundo. Uma excelente pessoa, mas tinha essa dificuldade na relação com o álcool – disse o ex-marido de Erika, José Geraldo Santos.
Desde que adoeceu, Paulo vivia sem renda, entretanto, em agosto do último ano passou a receber o auxílio do governo BPC-Loas no valor de um salário mínimo. O benefício é destinado a pessoas com mais de 65 anos em situação de baixa renda.
O idoso ficou conhecido após ser levado por Erika até uma agência bancária de Bangu, no Rio de Janeiro, para receber R$ 17 mil, embora ele já não apresentasse sinais de vida. Presa preventivamente, a sobrinha é suspeita de cometer vilipêndio de cadáver e furto mediante fraude.
