A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) identificou, nesse sábado (28), três das cinco pessoas que morreram durante um confronto armado com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), na Terra Indígena Sararé, em Pontes e Lacerda, a 483 km de Cuiabá. Os envolvidos foram identificadas como:
- Elivelton Sales Pinho, de 31 anos;
- Iterlan da Silva Souza, de 29 anos;
- Wellington Souza Monteiro, de 25 anos.
De acordo com a Politec, Iterlan e Wellington eram do Pará, enquanto o Elivelton era do Maranhão. A PRF informou que eles morreram durante a madrugada, quando o confronto começou. Os três foram apontados como suspeitos de fazerem a “segurança” de garimpeiros e tentarem impedir uma fiscalização do Ibama, devido ao garimpo ilegal que se instalou na região.
A Perícia ainda informou que Iterlan era natural da cidade de Redenção, enquanto Wellington era de Santarém e Elivelton de Santa Luzia.
No confronto, nenhum dos agentes e policiais ficaram feridos.
Entenda o caso
Nesse sábado, cinco pessoas morreram em um confronto armado durante uma fiscalização do Ibama com apoio da PRF, na Terra Indígena Sararé, em Pontes e Lacerda.
Chacina
Na última segunda-feira (23), quatro pessoas morreram e uma ficou ferida em uma chacina em um garimpo ilegal na Terra Indígena Sararé. Duas vítimas foram identificadas como Fabio Tavares Siriano, de 33 anos e a esposa, Flavia Melo Miranda Soares, de 20 anos.
Flávia Miranda é natural do Acre e teria ido ao garimpo encontrar o marido, Fábio.
De acordo com o delegado João Paulo Berté, a chacina teria sido motivada após uma briga dentro do garimpo, por área de exploração. Uma das linhas de investigação da polícia é que os envolvidos tenham ligação com organização criminosa.
Após o confronto, foram apreendidos um fuzil, uma submetralhadora, uma espingarda calibre 12, duas pistolas e um revólver, carregadores e munição.
As autoridades também destruíram 30 escavadeiras, 22 caminhonetes, dois caminhões, uma pá-carregadeira, seis motocicletas, 25 acampamentos e aproximadamente 5 mil litros de combustível, diversos motores e outros equipamentos utilizados pelos garimpeiros durante a fiscalização.