Temor de ampliação da guerra entre Israel e Hamas na região cresceu após morte de líder político do grupo extremista e de comandante do Hezbollah
A tensão no Oriente Médio segue causando preocupação internacional neste domingo (4). Na Faixa de Gaza, um bombardeio de Israel matou 18 pessoas, incluindo palestinos que estavam num hospital. Em Tel Aviv, ataque a faca de um homem palestino deixou dois mortos.
O temor de ampliação da guerra entre Israel e Hamas aumentou na última semana após assassinato de Ismail Haniyeh, líder político do grupo extremista palestino, no Irã, e de Fuad Shukr, um comandante sênior do Hezbollah no Líbano. Irã e aliados acusam Israel pelos ataques e prometem retaliação.
Violência
No subúrbio de Tel Aviv, um palestino foi “neutralizado” após matar a facadas dois idosos, um homem e uma mulher. Duas pessoas ficaram feridas. O suspeito era da Cisjordânia ocupada, segundo autoridades israelenses, e morreu num hospital.
Na Faixa de Gaza, ataques de Israel deixaram vários mortos. Uma ofensiva que mirava um extremista palestino causou explosões secundárias e deixou quatro mortos no pátio do hospital Al-Aqsa Martyrs, em que havia uma tenda para abrigar pessoas deslocadas por causa da guerra.
Também na cidade de Deir al-Balah, uma criança e pais dela morreram em ataque israelense. Em outra ofensiva, a uma residência, pelo menos oito pessoas, incluindo três crianças, foram mortas. Um ataque a um veículo na cidade de Gaza deixou ainda três mortos.
Nesse sábado (3), um bombardeio israelense a uma escola transformada em abrigo em Gaza matou 16 pessoas e feriu 21.
A guerra entre Israel e Hamas já deixou pelo menos 39.580 palestinos mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas. A ofensiva israelense também causou destruição de casas, comércios e deslocou a maioria dos 2,3 milhões de habitantes da região.
Na Cisjordânia, pelo menos 590 morreram em ataques de Israel desde o começo da guerra, segundo o Ministério da Saúde da Autoridade Palestina.
Iniciado em outubro de 2023, o conflito começou após o Hamas atacar Israel e matar pelo menos 1.200 pessoas, a maioria civis, e sequestrar cerca de 250 pessoas.
*Com informações da Associated Press
