O Tribunal de Contas da União (TCU) deve aprovar nesta quarta-feira a privatização da Eletrobras, estatal de energia elétrica. O processo estava paralisado após um pedido de análise pelo ministro Vital do Rêgo. Embora Vital deva votar contra, três ministros afirmaram que já existe consenso em torno da proposta do ministro Aroldo Cedraz.
A expectativa do lado do governo e da empresa também é de aprovação. Na desestatização, a União quer reduzir sua participação na empresa dos atuais 72% para cerca de 45%. A previsão é gerar R$ 25 bilhões em outorgas pagas à vista à União, um depósito parcelado em cinco anos de R$ 32 bilhões à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), responsável pelo abatimento das contas de luz, e investimentos na ampliação de manutenção da bacia do rio São Francisco.
Enquanto isso, um grupo de deputados federais de oposição ao governo federal pediu ontem ao TCU a suspensão do processo de privatização da companhia até que a análise de questionamentos levados à Corte sobre o assunto seja concluída.
E mais, entidades de servidores da Eletrobras apresentaram à SEC, que regula o mercado de capitais dos Estados Unidos, uma denúncia alegando que a estatal omite de seus acionistas a dimensão dos riscos financeiros que sofre com a hidrelétrica Santo Antônio.