O filho de Enil Marques Barbosa, mulher que foi enterrada viva pelo namorado, Jederson Jarsem, revelou que o suspeito, Iris Divino de Freitas, de 40 anos, usou o celular da vítima para se passar por ela e enganar os familiares após cometer o crime.
À TV Centro América, o filho contou que, após o crime, o suspeito enviou mensagens de texto em nome da vítima para manter a aparência de que ela estava viva e afastar qualquer suspeita da família.
“Ela não mandava mensagens de texto com frequência, ela era mais de enviar áudios. Quando começamos a receber mensagens por escrito, achamos estranhos. Eu perguntei à minha mãe se podíamos ir à casa dela no sábado para fazer um churrasco, e ela disse que estava em Goiás”, informou.
Jederson ainda disse que, antes do crime, a mãe dele sempre falava sobre como Iris aparentava ser um bom homem e de caráter admirável, já que nunca tinha mostrado nenhum comportamento estranho ou agressivo.
“Ela sempre falava que ele era trabalhador, não bebia, frequentava a igreja e era um bom parceiro”, afirmou.
No entanto, após o crime, Jederson e o restante dos familiares começaram a se preocupar por não conseguirem contato com Enil.
“Ela disse que estava indo para Goiás, mas estranhamos quando notamos que ela estava em casa. A polícia foi chamada, e a investigação revelou que ela estava enterrada no quintal. Isso foi um choque absoluto para todos nós. Estamos muito abalados”, concluiu.
Entenda o caso
Iris Divino de Freitas, de 40 anos, foi preso na manhã desta sexta-feira (13) suspeito de enterrar viva a namorada, de 59 anos, no distrito de Nossa Senhora da Guia, em Cuiabá. Segundo a Polícia Civil, o corpo da vítima foi encontrado enterrado, no fundo da casa dela e parcialmente queimado.
Conforme a investigação, ela e o suspeito se conheciam há cerca de um mês, por meio de uma rede social e moravam juntos. O suspeito possui nove passagens criminais por roubo e furto.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Nilson André Farias, o suspeito alegou que o crime ocorreu no fim de semana passado, mas a polícia aguarda o exame de perícia para confirmação da data.
O suspeito foi encaminhado à sede da delegacia, interrogado e preso pelos crimes de homicídio qualificado em feminicídio e ocultação de cadáver. Ele passou por audiência de custódia nesta tarde e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva pelo juis Moacir Tortato.