A Polícia Federal divulgou nesta terça-feira (10) uma operação de combate ao financiamento, comercialização e extração ilegal de ouro no sul do Pará.
As investigações constataram a retirada de mais de três toneladas do minério, extraído ilegalmente por meio de declarações fraudulentas da origem do ouro.
Durante a ação, intitulada “Bruciato” foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão e 13 mandados de prisão preventiva, nos estados do Pará, Amazonas, Roraima e Mato Grosso.
A Justiça Federal determinou ainda o sequestro e indisponibilidade de até R$ 2, 9 bilhões em dinheiro e bens, obtidos através do comércio ilegal de ouro.
Na operação a Polícia Federal também apreendeu veículos, motocicletas, joias, ouro in natura e outros bens de elevado valor dos investigados, que ainda estão sendo contabilizados pelas equipes da PF.
A Justiça também terminou o afastamento cautelar de 4 ocupantes de cargos públicos, suspensão de atividade de 4 empresas, suspensão de 6 permissões de lavra garimpeira e suspensão de 4 autorizações de posse e porte de armas.
A ação ocorreu após identificação de uma organização criminosa que atua no interior e nos arredores da Terra Indígena Kayapó.
Segundo a Polícia Federal, a organização criminosa mantém laços com envolvidos nas mesmas atividades ilícitas na Terra Indígena Yanomami, no estado de Roraima.
O grupo ainda contava com a participação, além de outros investigados, de servidores públicos e indígenas.
Do total, 25 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Redenção/PA, 1 em Tucumã/PA, 4 em Cumaru do Norte/PA, 1 em Boa Vista/RR e 1 em Manaus/AM.
Os mandados de prisão preventiva foram cumpridos em Redenção/PA (8), Cumaru do Norte/PA (3), Tucumã/PA (1) e Boa Vista/RR (1).