Rombo da Americanas foi arquitetado no WhatsApp da diretoria, diz CEO

Ex-diretores usaram o WhatsApp para orquestrar a maquiagem de dados financeiros. Foi isso que disse o atual CEO da Americanas, Leonardo Pereira, durante CPI que analisa o rombo da empresa, que explodiu em janeiro. 

Mais do que assumir fraude… Ele mostrou uma troca de e-mails de antigos diretores com planilhas que trazem diferentes números entre o resultado real e o resultado divulgado e mostrado ao conselho.

Basicamente, nos documentos, havia uma coluna nomeada “visão interna” com um prejuízo de R$ 733 milhões, enquanto outra coluna “visão conselho” mostrava um lucro de R$ 2,8 bilhões. Parece piada, né?

Indo além, o presidente acusou a consultoria KPMG de aceitar pedidos dos ex-diretores para mudar as análises. Segundo ele, uma versão inicial de um relatório de 2017 da consultoria já apontava deficiências nos balanços da empresa.

Com toda a situação, 5 ex-diretores que estavam temporariamente afastados foram demitidos da companhia. Outros 30 funcionários são suspeitos no caso.

A empresa revelou, no início do ano, a descoberta de inconsistências contábeis na casa dos R$ 20 bilhões. Isso iniciou uma crise que a fez pedir recuperação judicial.