O réu Leonardo de Jesus, apontado como líder de uma facção criminosa e mandante da morte de Gediano Aparecido da Silva, em 2022, foi condenado a 34 anos, 10 meses e 20 dias de prisão pelo Tribunal do Júri, em Lucas do Rio Verde, a 360 km de Cuiabá, nesta quinta-feira (12).
De acordo com a 2ª Promotoria de Justiça Criminal do município, essa foi a segunda denúncia oferecida sobre o caso. Ele responderá pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e associação criminosa, além de pagar 21 dias-multa, valor unitário a ser pago pelo réu a cada dia de multa determinado pelos magistrados.
Relembre o caso
Em 25 de janeiro de 2022, Gediano Aparecido da Silva, de 19 anos, foi assassinado após avisar a família que sairia do trabalho para vender um celular e usar o dinheiro para pagar uma dívida. Horas depois, moradores da cidade encontraram a cabeça dele em um saco jogado no contêiner de lixo, na Avenida Goiás e, posteriormente, o corpo foi encontrado no Rio Piranhas. A decapitação da vitima foi filmada e postada nas redes sociais.
Testemunhas disseram à polícia que a cabeça foi arremessada de dentro um carro. No dia seguinte, a polícia prendeu um dos suspeitos, com ele foram encontrados o carro usado no crime e uma arma. Segundo a polícia, o crime foi motivado por uma disputa entre facções criminosas do município.
Em fevereiro do mesmo ano, Nithiely Catarina Day Souza, de 19 anos na época, foi presa por gravar o vídeo do assassinato de Gediano. Ela usava o nome falso de Emanuely Sousa e respondia a processos por tráfico de drogas e ato obsceno.
No período em que estava sendo procurada pela polícia, ela postou mensagens nas redes sociais zombando das buscas por ela. Pela frieza, Nithiely ficou conhecida como “Princesinha Macabra”.
Em setembro de 2023, mais de um ano após o crime, Maikel Pereira dos Santos, de 28 anos na época, foi preso se escondendo em Dourados (MS). Ele era outro suspeito de ser mandante do crime. Dois dias depois, ele conseguiu fugir enquanto estava junto de outros 8 presos durante uma transferência. No momento do exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), o preso conseguiu se livrar das algemas, pular o muro do local e fugir dos policiais.