O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se reuniu nesta terça-feira (2) com os governadores Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, Ronaldo Caiado (União), de Goiás, Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, e Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul, para discutir formas de repactuar as dívidas desses estados com a União.
A partir das demandas apresentadas pelos chefes de Executivo, Pacheco deve protocolar um projeto de renegociação no Senado. A perspectiva é que o senador Davi Alcolumbre (União-AP), um dos aliados mais próximos do mineiro, seja escolhido como relator da medida, que já tem o aval do Ministério da Fazenda para tramitar em caráter de urgência.
Na última semana, Pacheco se reuniu com o ministro Fernando Haddad e os secretários da pasta, Dario Durigan e Rogério Ceron, para traçar pontos em comum na proposta e construir um consenso. Nesta terça, o palco foi para os argumentos estaduais.
Uma das possibilidades levantadas é empregar valores de ativos dos estados, que são bens imóveis ou empresas estatais, como parte do pagamento das dívidas. Nesse caso, os estados comercializam suas posses com a União.
Ronaldo Caiado afirmou que existe um consenso entre os governadores de que é possível ter uma correção dos débitos pelo IPCA, desde que haja outro mecanismo para reduzir o montante das dívidas.
No caso de Goiás, são R$ 584 bilhões. São Paulo tem R$ 280 bilhões em débitos com a União, Minas Gerais tem R$ 160 bilhões, e o Rio Grande do Sul, R$ 93 bilhões.
