Um dos pontos de tensão entre os governo federal e os militares foi desfeito ontem. O novo comandante do Exército, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, decidiu barrar a nomeação do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid para a chefia do 1º Batalhão de Ações e Comandos, uma unidade de elite sediada em Goiânia, prevista para março.
Cid foi ajudante de ordens e responsável por movimentações financeiras do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o que tornou alvo de uma investigação em andamento no STF. Numa reunião, Paiva convenceu o tenente-coronel que assumir esse comando agora seria politicamente desfavorável para o Exército.
A recusa em sustar a designação de Cid foi um dos motivos da exoneração pelo presidente Lula do ex-comandante Júlio Cesar Arruda. (Globo)
Quem está mudando de posto é o tenente-coronel Jorge Paulo Fernandes da Hora, comandante do Batalhão da Guarda Presidencial (BGP), que apareceu em vídeos discutindo com PMs durante a invasão terrorista ao Palácio do Planalto no dia 8.
Hora responde a um inquérito policial-militar (IPM), acusado de ter tentado impedir a prisão dos invasores. Ele será realocado para cargo no Estado-Maior do Comando Militar do Planalto. (Estadão)