Uma família do País de Gales foi indenizada depois de a mãe morrer de um câncer causado por décadas de exposição indireta ao amianto. Joan Davies lavava regularmente o macacão de trabalho do marido David, que trabalhou em uma companhia de usinas elétricas do Reino Unido entre as décadas de 1950 e 1980.
Em entrevista ao jornal Daily Mail, o filho do casal, Jeff Davies, contou que Joan sempre teve boa saúde. Ela começou a se sentir mal em maio de 2022 com dores nas costas e no peito e acabou sendo diagnosticada com mesotelioma no final de junho de 2022.
A galesa morreu em julho de 2022, aos 89 anos. O marido, David, havia falecido em 2012, pela mesma causa.
Câncer provocado por exposição ao amianto
O mesotelioma é um tumor maligno na membrana que reveste o pulmão. A principal causa da doença é a exposição ao amianto.
O amianto, ou asbesto, é um mineral que foi muito usado na indústria no século passado. Ele era utilizado como isolante térmico, acústico e elétrico, particularmente, na fabricação de caixas d’água e telhas.
A inalação do amianto provoca mutações nos tecidos pulmonares que levam à formação do mesotelioma pleural.
“Eles estavam tão em forma e ativos que é difícil acreditar que alguma coisa poderia tê-los impedido do jeito que o mesotelioma fez. Este câncer foi devastador para nossa família. Ele pode atingir qualquer pessoa, mesmo anos depois, e minha família e eu queremos alertar os outros sobre o perigo que esse material ainda representa”, disse o filho do casal.
Após a morte da mãe, Jeff entrou com uma ação judicial contra a empresa em que David trabalhou. A companhia reconheceu que a exposição ao amianto da Usina Elétrica de Pembroke ocorreu como resultado de negligência da empresa e que isso causou o mesotelioma de Joan, e pagou uma indenização à família.
“Foi um caminho longo e difícil, mas nossa família finalmente descobriu a verdade sobre a exposição da nossa mãe ao amianto. Embora isso não possa trazê-la de volta, sei que descobrir o que aconteceu significaria muito para ambos”, contou Jeff.
