No início do mês o deputado federal Coronel Alberto Fraga (PL-DF), acusou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), de favorecer os frigoríficos JBS e Minerva e apontou suposta existência de cartel.
O senador Mauro Carvalho (União) endossou e pediu uma investigação contra Fávaro, e foi acompanhado pelo senador Jayme Campos (União), que trouxe novas denúncias sobre o caso.
Durante a reunião da Comissão de Meio Ambiente, o senador Jayme Campos (União) sugeriu que o ministro estaria agindo por interesses pessoais, favorecendo grandes grupos econômicos e empresários.
“Para matar o pantaneiro e todos os pecuaristas, montaram uma máfia, um cartel da carne no Brasil. Uma verdadeira quadrilha que se instalou. Hoje, 80% do mercado da carne brasileira está concentrado na mão de três empresas frigoríficas, lamentavelmente”, afirmou o senador, durante reunião do Congresso Nacional.
Segundo as denúncias, o ministro estaria prejudicando empresários menores em detrimento dos grandes grupos frigoríficos, além de irregularidades no processo de habilitação de empresas para exportação de carne para a China.
Entre as denúncias estaria de que o Mapa incluiu, entre 20 empresas selecionadas, um frigorífico da JBS-Friboi localizado em Diamantino (MT), que está fechado desde junho deste ano, em razão de um incêndio.
O que diz o Ministro
Carlos Fávaro preferiu manter um tom equilibrado e justificou que o ministério está aberto para prestar informações. Ele também apontou que todos os processos seguem um critério técnico.
“A declaração de manter na lista, um frigorífico que pegou fogo ocorre porque a lista está em ordem cronológica. Seria injusto por parte do ministério da Agricultura deixar de fora uma unidade que sofreu uma fatalidade. Se até o momento na habilitação da China não estiver pronto, a China não vai habilitar. Agora não podemos cometer a injustiça de tirar uma empresa que gera tantos empregos em Mato Grosso”