Por Eduarda Dantas
O prédio que concentra a grande parte dos exames laboratoriais realizados pela rede de saúde pública municipal é mais um caso de abandono e falta de gestão.
O Local que deveria ser exemplo de manutenção e limpeza, já que trabalha com exames, vida e saúde e, por isso, precisa de ser bem cuidado, encontra-se totalmente vulnerável.
A sujeira, mato alto, água parada propiciando condições ideais para a reprodução do Aedes aegypti, o vetor transmissor da dengue, vazamentos e mofo, descarte incorreto de lixo comum e lixo hospitalar, mobílias com muitas avarias, portas de vidro quebradas, enferrujadas, emperradas, remendadas e com tecido amarrado substituindo as chaves, insumos e medicamentos espalhados em corredores tomados por mofo, banheiros interditados e os liberados para uso sem portas e também sem sabonete, papel toalha, lixeiras, papel higiênico e vasos sanitários com problemas nas descargas, caixa d’água derramando o tempo todo, servidores da limpeza impossibilitados de realizar o trabalho por falta de material… Enfim, esses e diversos outros relatos realizados anonimamente traduzem a triste realidade de abandono e descaso com a população e com o dinheiro público, uma vez que os recursos para a manutenção preventiva são destinados, porém não empregados.
O projeto para a mudança de prédio do Laboratório Central teve início logo no começo dessa gestão, porém sem avanços, sujeitando os servidores a jornada laboral em ambiente insalubre e condicionando os usuários a restrita e limitada oferta de atendimento, porém, extraindo o máximo dos servidores, que entregam o seu melhor diante das condições.
Mas o que esperar do Laboratório atrelado a uma secretaria municipal de saúde praticamente nas mesmas condições acima descritas?
Enquanto isso a população perece por falta de serviços públicos de qualidade, porém, cumpre lembrar que se trata de ano eleitoral e a chave para a mudança está na ponta dos dedos de cada cidadão.