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    França vai às urnas com fortalecimento da direita e participação alta 59%, mais alto em quase 40 anos

    Com uma liderança inédita da extrema direita nas pesquisas, a França vai às urnas neste domingo (30) em eleições convocadas há apenas três semanas para renovar o Parlamento do país e que podem tornar o governo do presidente francês, Emmanuel Macron, inviável na prática.

    O pleito foi convocado antecipadamente no início de junho pelo presidente francês. Diante do resultado ruim de seu partido e do avanço da extrema direita nas eleições para o Parlamento europeu o Legislativo de todos os países da União Europeia, com sede em Bruxelas, Macron tomou a arriscada e surpreendente decisão de dissolver o Legislativo francês e marcar uma nova votação.

    A resposta dos eleitores neste domingo, por enquanto, foi grande: o comparecimento às urnas até às 17h no horário local (meio-dia no Brasil), foi o mais alto em quase 40 anos no país, com um índice de 59% do total de votantes. Macron e a líder da extrema direita, Marine Le Pen, já votaram, e as urnas ficam abertas até às 20h no horário local (15h do Brasil).

    Pelo sistema político da França, semipresidencialista, os eleitores elegem os partidos que vão compor o Parlamento. A sigla ou a coalisão que obtiver mais votos indica então o primeiro-ministro, que, no país europeu, governa em conjunto com o presidente — este eleito em eleições presidenciais diretas e separadas das legislativas e que, na prática, é quem ganha mais protagonismo à frente do governo.

    Caso o presidente e o primeiro-ministro sejam de partidos políticos diferentes, a França entrará em um chamado governo de “coabitação”, o que ocorreu apenas três vezes na história do país europeu.
    Um cenário que pode paralisar o governo de Macron. Isso porque, neste caso, o premiê assume as funções de comandar o governo internamente, propondo, por exemplo, quem serão os ministros.

    O primeiro-ministro atual, Gabriel Attal, é aliado de Macron, mas, se as pesquisas se concretizarem, quem deve assumir o cargo é o Jordan Bardella, de apenas 28 anos, o principal nome do partido de extrema direita de Le Pen, o Reunião Nacional (RN).

    As pesquisas mais recentes indicam maioria para o RN. Um levantamento do instituto de pesquisas francês Opinion Way na última sexta-feira (28) apontou que o RN poderia alcançar até 37% dos votos, o que representa um aumento de dois pontos percentuais na comparação com uma semana atrás.

    O partido centrista de Macron estava em terceiro lugar atrás do bloco formado por siglas da esquerda com 20%, uma queda de dois pontos em relação à última publicação.

    A coligação de esquerda NFP, formada por socialistas, comunistas e ambientalistas e pelo partido radical França Insubmissa (LFI), já indicou que retirará seus candidatos se chegaram em terceiro lugar ao segundo turno para dar mais chances ao candidato do governo e tentar derrotar a extrema direita.

    As eleições parlamentares são realizadas em dois turnos um neste domingo e o outro, em 7 de julho.

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