Desde a última semana, distribuidoras — principalmente pequenas e médias — e postos de gasolina de diferentes estados por todo o país estão relatando falta na chegada de diesel.
A Associação BR dos Importadores de Combustíveis reuniu todos esses relatos e atribui essa falha na cadeia à nova política de preço da Petrobras.
Explicando… Em maio, a Petrobras deixou de lado a Política de Paridade Internacional, que fazia seus preços acompanharem o exterior. Por isso, mesmo com o preço do diesel subindo lá fora, já faz mais de dois meses que a estatal não faz reajustes aqui.
- Em números, a diferença entre o diesel vendido aqui e o diesel vendido internacionalmente já está em R$ 1,29 por litro, ou 30% do preço.
Dando um panorama… O Brasil não é autossuficiente quando se trata de diesel, com 30% do volume vendido em postos sendo importado. Dessa parcela, a maior parte vem da Rússia, da qual já importamos US$ 1,5 bilhão em diesel só em 2023.
O outro lado: A Petrobras afirmou que está cumprindo todos os seus contratos com distribuidoras de maneira completa. Além disso, ainda disse que há outros players no mercado nacional com capacidade de suprir demandas adicionais.
Por que isso é relevante? O diesel é fundamental para a grande maioria das cadeias de produção do país, sendo usado pelos caminhões de carga, além de impactar fortemente a vida urbana, uma vez que é usado nos ônibus.
Pense que tudo que diz respeito a ele — seja preços mais baixos, seja desabastecimento — afeta diretamente os custos e, no final das contas, o bolso da população.
