México e Equador se encontram em plena crise diplomática após a invasão da embaixada mexicana em Quito pela polícia equatoriana, que resultou na prisão do ex-vice-presidente Jorge Glas Espinel na noite de sexta-feira.
Ele foi transferido no sábado para o presídio de segurança máxima de La Roca, em Guayaquil, reservado aos criminosos mais perigosos do país. A invasão, ordenada pelo presidente Daniel Noboa, levou o México a cortar relações diplomáticas com os equatorianos. Ontem, diplomatas mexicanos deixaram o Equador. Glas estava na embaixada desde dezembro de 2023, alegando perseguição política. Ele foi condenado a seis anos de prisão por corrupção em um caso que envolve a Odebrecht.
As autoridades equatorianas solicitaram permissão para prender Glas na embaixada, o que não foi concedido pelo presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador.
Em uma nota do Itamaraty, o governo brasileiro condenou a invasão, afirmando que a ação “constitui grave precedente, cabendo ser objeto de enérgico repúdio, qualquer que seja a justificativa para sua realização”. Especialistas dizem que, com o ato, o Equador violou a Convenção de Viena sobre as Relações Diplomáticas, de 1961.