A Comissão de Ética da Câmara Municipal de Cuiabá aprovou, nesta terça-feira (24), a abertura de uma comissão processante pedindo a cassação do mandato do vereador Paulo Henrique (MDB), preso durante um desdobramento da Operação Ragnatela, da Polícia Federal, que investiga uma facção criminosa responsável por promover shows nacionais e lavar dinheiro em casas noturnas da capital. Em votação unânime, os vereadores decidiram dar continuidade ao processo.
O presidente da Comissão, Rodrigo Arruda e Sá (PSDB), aproveitou a sessão para apresentar uma linha do tempo dos procedimentos, respondendo às críticas sobre a suposta lentidão no processo. Ele esclareceu que o caso teve início em junho, quando a primeira fase da Operação Ragnatela citou o nome de Paulo Henrique.
De acordo com a Comissão de Ética, o vereador Kássio Coelho (Podemos) será o relator do processo, e, a partir de agora, inicia-se o prazo regimental para que o parlamentar apresente a ampla defesa.
Ao todo, 15 medidas cautelares, expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá/MT (NIPO) estão sendo cumpridas, segundo a Polícia Federal (PF). Dentre eles, um mandado de prisão preventiva, sete mandados de busca e apreensão, o sequestro de seis veículos e um imóvel e o bloqueio de contas bancárias.