O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou ontem ter rejeitado as novas sugestões das Forças Armadas para mudanças no processo eleitoral já para o pleito deste ano. Segundo a equipe técnica da Corte, os militares confundem conceitos e erram cálculos quando apontam riscos inexistentes nos testes de integridade das urnas eletrônicas.
Das sete sugestões enviadas pelas Forças Armadas, quatro já estão implementadas ou previstas em lei. As outras três foram rejeitadas. Uma delas recomendava apuração paralela nos TREs, o que já ocorre.
O TSE também nega que exista uma “sala secreta”, como constantemente insinua sem provas o presidente Jair Bolsonaro (PL). O presidente da Corte, ministro Edson Fachin, afirmou que a Justiça Eleitoral tem historicamente assegurado a “realização de eleições íntegras em nosso país”.
O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, pediu ontem a Fachin para integrar a Comissão de Transparência Eleitoral (CTE) no lugar do atual representante dos militares, o general Heber Portella.
O ministro reclama de não ter sido recebido pelo presidente do TSE, mas o tribunal desmente e diz que Fachin se reuniu duas vezes com Nogueira e uma com seu antecessor, Walter Braga Netto.
A Defesa nega que Portella tenha sido destituído, mas o ofício do ministro pede que todas as comunicações do TSE e convites para reuniões sejam enviados ao seu gabinete.
REDAÇÃO COM MEIO