Líder do Hezbollah há mais de 30 anos, Nassan Nasrallah foi morto, segundo militares israelenses, após um bombardeio em Beirute, capital do Líbano, nessa sexta-feira (27). Outros chefes militares do grupo também morreram no ataque, afirmou Israel neste sábado (28).
Em comunicado emitido na manhã deste sábado (28), o grupo libanês também confirmou a morte do líder.
Nasrallah, de 64 anos, foi um dos fundadores do grupo, na década de 1980, após uma guerra civil no Líbano, que se tornou inimigo de Israel, participando de confrontos contra o país e tomando partido nos conflitos na Síria em 2011, ajudando a assegurar o poder de Bashar Assad.
Ao longo de seu período no comando do Hezbollah, Nasrallah fez diversas alianças, sobretudo com líderes de grupos religiosos xiitas no Irã e na Palestina, além de outros grupos paramilitares como o Hamas.
Respeitado por milhões de pessoas no mundo árabe e islâmico, Nasrallah detém o título honorífico de Saíde, dado aos homens considerados descendentes de Maomé, fundador do islamismo.
Após o antigo líder ser morto em um ataque israelense, Nasrallah foi escolhido como secretário-geral do grupo em 1992. Sob o comando dele, o Hezbollah reconquistou a região sul do Líbano, em 2000, após 18 anos de ocupação das tropas israelenses na região — aumentando o poder e a influência de Nasrallah no mundo árabe.
Em 2006, o líder também comandou o Hezbollah na guerra entre Israel e Líbano, que durou 34 dias.
Nos conflitos atuais, entre Israel e Hamas, que começaram em 7 de outubro de 2023, Nasrallah tomou partido na guerra apoiando o Hamas, alegando ser uma “frente de apoio” ao grupo palestino.