Cinco presidiários condenados à morte em diferentes estados dos Estados Unidos têm execuções marcadas para ocorrer na mesma semana, em Alabama, Missouri, Oklahoma, Carolina do Sul e Texas. Esse número elevado de execuções programadas em um curto período de tempo é incomum, segundo dados do Death Penalty Information Center, que monitora o uso da pena de morte no país.
Se todas forem realizadas, será a primeira vez desde 2003 que cinco execuções ocorrem em um intervalo de sete dias. As informações são da Associated Press.
A primeira execução da semana aconteceu na última sexta-feira (20), na Carolina do Sul. Outras quatro estão previstas até o final da semana. Caso todas sejam concretizadas, os Estados Unidos atingirão a marca de 1,6 mil execuções desde que a pena de morte foi restabelecida pela Suprema Corte em 1976, informou Robin Maher, diretor executivo do Death Penalty Information Center.
Especialistas consideram essa sequência de execuções uma coincidência resultante da definição de datas próximas pelos tribunais ou autoridades dos estados, após os prisioneiros esgotarem seus recursos judiciais.
Na Carolina do Sul, Freddie Owens foi executado na sexta após ser condenado pelo assassinato de um balconista durante um assalto em 1997. Essa foi a primeira execução no estado em 13 anos, após um longo atraso causado pela dificuldade em obter drogas letais para a injeção. Para contornar o problema, o estado alterou o protocolo e utilizou o sedativo pentobarbital em vez de um coquetel de três drogas.
O Alabama está programado para realizar uma execução na quinta (26), utilizando gás nitrogênio, um método inovador no estado. Alan Miller, condenado por matar três homens em 1999, será o primeiro a passar pelo novo procedimento, que envolve a inalação de nitrogênio puro. Em 2022, Miller teve sua execução adiada quando as autoridades falharam em conectar uma linha intravenosa.
No Texas, Travis Mullis será executado nesta terça (24). Condenado por matar seu filho de 3 meses em 2008, Mullis tem um histórico de doença mental e tentou, por várias vezes, renunciar ao seu direito de apelar da sentença de morte. Seus advogados não apresentaram novos recursos para suspender a execução.
Ainda nesta terça, no Missouri, Marcellus Williams receberá uma injeção letal por esfaquear uma mulher em 1998. Seus advogados tentaram suspender a execução alegando erros processuais na escolha do júri e no manuseio da arma do crime. No entanto, a Suprema Corte estadual rejeitou os argumentos e o governador Mike Parson negou o pedido de clemência.
Em Oklahoma, Emmanuel Littlejohn, condenado por sua participação em um assalto que resultou na morte de um comerciante em 1992, deve ser executado na quinta. Littlejohn admite o assalto, mas nega ter disparado o tiro fatal. Em agosto, a Comissão de Perdão e Liberdade Condicional votou a favor da clemência, mas o governador Kevin Stitt ainda não tomou uma decisão sobre o pedido.
