Uma mulher que viralizou em 2015 por alegar falsamente ser negra perdeu o emprego de orientadora escolar após ser descoberto que ela mantém página em plataforma de conteúdo erótico.
Nkechi Diallo, cujo antigo até 2017 era Rachel Dolezal, trabalhava em Tucson (Arizona, EUA), orientando alunos em atividades antes e após as aulas.
O distrito escolar da região de Catalina Foothills disse à emissora KOLD que Nkechi foi demitida na semana passada depois que autoridades souberam de suas postagens em redes sociais promovendo seu conteúdo no OnlyFans.
“Suas postagens são contraditórias com a política de ‘uso de mídia social por funcionários do distrito’ e com a política de ética da nossa equipe. Ela não trabalha mais no Distrito Escolar Catalina Foothills”, disse o órgão.
Nove anos atrás, a história de Nkechi, ainda conhecida como Rachel, ganhou o mundo. Após uma transformação radical no visual, Rachel passou a se identificar como negra e chegou a chefiar um escritório da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor.
Porém, fotos da infância de Rachel foram divulgadas, mostrando uma menina branca de cabelos loiros compridos. Os pais dela se manifestaram, derrubando a farsa.
Em sua defesa, Rachel disse que sempre se identificou como negra. Coloria os desenhos de si mesma com lápis de cor marrom e não bege, segundo ela. A convivência com quatro irmãos adotivos negros também teria ajudado. O caso gerou grande polêmica nos EUA. Ativistas negros ficaram indignados e a acusaram de ter se apropriado de uma realidade que nunca vivenciou. Outros a classificaram como transracial, comparando com a situação de transgêneros, pessoas que não se identificam com o gênero do nascimento.
Segundo o jornal britânico “The Guardian”, Nkechi aderiu ao OnlyFans em 2021, depois de lutar em vão para encontrar trabalho. Depois disso, ela acabou voltando ao mercado formal de trabalho.
