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    Morre sob tutela do Ibama, 16 aves apreendidas na casa de Anderson Torres

    Pelo menos 16 das 55 aves apreendidas na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres morreram enquanto estavam sob a guarda do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Os dados foram enviados pela Polícia Federal à Justiça Federal no fim de setembro.

    O Ibama e o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) fizeram duas operações na casa de Torres, em 24 de fevereiro e em 18 de abril. Nesse período, o ex-ministro estava preso sob suspeita de atuar nos atos golpistas de 8 de janeiro. Na operação de abril, os agentes apreenderam 55 pássaros do criadouro e levaram os animais ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama em Brasília.

    Entre 18 de abril e 24 de maio, 13 aves morreram no Ibama e não haviam passado por perícia. Outras três morreram a partir de junho, de acordo com um laudo da Polícia Federal. Entre os animais estão bicudos-verdadeiros e curiós.

    Dois cadáveres foram encaminhados para uma necropsia na Universidade de Brasília, a fim de apontar a causa das mortes. Até o fim de setembro, os exames não haviam sido concluídos. Os outros pássaros mortos foram congelados no Instituto Nacional de Criminalística, da PF, e podem passar por novas análises.

    Segundo a PF, as aves chegaram ao Ibama supostamente com irregularidades nas penas, bicos fragilizados, com possível deficiência nutricional e falta de sol. O Ibama seguiu o protocolo padrão para receber os pássaros. O relatório afirmou também que quatro aves apreendidas chegaram ao órgão “em gaiolas limpas, com água e comida, além de galhos para o enriquecimento”.

    O Cetas do Ibama, local onde os animais são mantidos, já foi alvo de questionamentos do Ministério Público Federal (MPF) em 2020. Na época, o próprio Ibama admitiu que a situação do centro era “precária”. Questionado pela coluna, o Ibama não respondeu qual é o estado de conservação do Cetas atualmente.

    Procurado, o Ibama afirmou que as aves que morreram chegaram ao órgão “em condições debilitadas”, mas não informou quantas. “Algumas das aves chegaram ao Cetas em condições debilitadas, resultando, infelizmente, em óbitos”, afirmou, acrescentando: “Algumas aves apresentavam ausência de penas em áreas como dorso, cabeça e membros posteriores, além de fragilidade nos bicos, com sinais quebradiços”. O Ibama disse ainda que aguarda o resultado dos laudos.

    No início deste mês, Torres foi indiciado pela PF pelos supostos crimes de maus-tratos contra as aves silvestres, falsidade ideológica e criação irregular de pássaros. O MPF pediu que o caso corra na Justiça Estadual, e passe a ser investigado pela Polícia Civil. Ainda segundo o MPF, nenhum animal ameaçado de extinção foi apreendido. Torres nega qualquer irregularidade e diz ser um criador reconhecido de aves. Procurado, Anderson Torres não respondeu. O espaço está aberto a eventuais manifestações.

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