Foto: Ricardo Stuckert/PR
Após se reunir com Lula, no sábado, o presidente da França, Emmanuel Macron, disse ser contra o acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul, por entender que ele é “antiquado”, “mal remendado”.
O francês argumentou que não há como defender esse modelo perante agricultores europeus, que cumprem metas de descarbonização. Eles não aceitariam, por exemplo, a derrubada de tributos para a entrada de produtos de agricultores que não cumprem essas metas em seus países. Lula, por sua vez, disse que a França sempre teve uma postura protecionista, mas que essa posição é minoritária entre os demais países do bloco europeu. Na sexta, após conversa com Lula a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que está “empenhada em concretizar esse acordo”.
A expectativa de Brasília e Bruxelas era fechar o acordo até o dia 7 de dezembro, antes da posse de Javier Milei na Argentina. A postura do francês coloca na geladeira o diálogo, enquanto ele estiver no Palácio do Eliseu, ou seja, até 2027. “Se não tiver acordo, paciência, não foi por falta de vontade”, disse Lula, ontem. (g1)