A juíza aposentada Maria Izabel Pena Pieranti, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), recebeu mais de R$ 1 milhão em novembro de 2023. Apesar de ter um salário de R$ 35.710,45, com mais R$ 5,9 mil em “direitos pessoais”, ela recebeu o valor por conta do pagamento de uma indenização de férias. A informação é do Estadão.
O holerite bruto da magistrada foi de R$ 1.119.493,22 e, após descontos de R$ 17.835,47, o rendimento líquido foi de R$ 1.101.657,75. O acréscimo no valor dado à juíza ocorreu por “reparação de férias não gozadas” e venda de dias de repouso remunerado não usufruídos.
O valor milionário foi pago no mês em que foi publicada a aposentadoria da juíza, que ocorreu a pedido. Ela deixou a 4ª Vara Criminal do Rio em novembro do ano passado.
O caso de Maria Izabel é mais um dos diversos outros episódios que elevam o contracheque dos magistrados, ultrapassam o teto do funcionalismo público e geram despesas milionárias aos cofres públicos. Nos últimos seis anos, os tribunais gastaram pelo menos R$ 3,5 bilhões com a compra de férias de juízes, desembargadores e ministros, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
