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    Deputado quer acabar com lei de Nova York que criminaliza adultério: ‘Na maioria, mulheres indiciadas’

    Você pode até não acreditar, mas no estado de Nova York, há mais de um século, adultério é crime. De acordo com a lei estadual promulgada em 1907, a contravenção é punível com até 90 dias de prisão ou multa de US$ 500 (cerca de R$ 2.500). Mas ela acabou se tornando uma daquelas “leis que não pegam”. Aliás, pegou: na maioria, mulheres foram levadas ao banco dos réus por trair os seus parceiros.

    Charles Lavine, deputado estadual por Long Island, acredita que chegou a hora de dar um ponto final à lei, observando que ela tem sido usada principalmente para atingir as mulheres.

    “O fato é que em Nova York e em outros lugares, são principalmente as mulheres que são processadas por esse crime. Isso estigmatiza e vitimiza as mulheres”, disse o democrata, que tem grande apoio da esposa, Ronnie, com quem está junto há 54 anos, na empreitada.

    A lei parece ter sido escrita na tentativa de reduzir a taxa de divórcio no estado, numa época em que alegar o adultério era o único caminho para a separação legal. Não se tem ideia de quantos processos foram abertos nos primeiros anos. Desde a década de 1970, cinco pessoas foram indiciadas por adultério em Nova York. O caso mais recente ocorreu em 2010, quando uma mulher casada foi presa depois de ser flagrada fazendo sexo com um amante num parque infantil na pequena cidade de Batavia.

    A mulher se declarou culpada de atentado ao pudor depois que os promotores retiraram a acusação mais séria de adultério.

    Nova-iorquinos ouvidos pelo “NY Post” afirmaram que já passou da hora de descriminalizar a infidelidade.

    “Como nova-iorquinos, também nos preocupamos muito com os nossos negócios. Então, eu realmente cuidaria da minha vida. Mandar alguém para a prisão por trair é meio louco. Pessoas cometem erros. Ir para a prisão por isso? Não!”, disse Fred Paterson, de 27 anos, que é coordenador de recuperação de dependentes químicos.

    “É a cidade de Nova York. Se você está acusando as pessoas de infidelidade, isso simplesmente não vai funcionar. O poliamor está tomando conta da cidade. Esta lei não está de acordo com a maneira como as pessoas vivem o amor atualmente. Encontrar o amor em Nova York é difícil para todos nós”, opinou Kiscada Hastings, que trabalha na área financeira.

    A fotógrafa Rhonda Lindle, de 59 anos, está se divorciando depois de 30 anos casada. Ela alegou que seu marido a traiu “muitas vezes antes de nos separarmos”, mas disse que nunca chamou a polícia durante os problemas conjugais.

    “É uma bobagem”, afirmou a americana.

    Na contramão, Angelica Christine, que não é casada, disse que as regras atuais são uma forma eficaz de “responsabilizar alguém” e fazê-lo “enfrentar as consequências” no caso de traição. A moradora de Big Apple, de 25 anos, declarou que “chamaria a polícia” se o seu cônjuge a traísse, e disse que a lei encoraja “mais lealdade, mais fidelidade”.

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