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    Coronel do Exército suspeito de financiar morte de advogado em Cuiabá tem prisão mantida

    A Justiça de Minas Gerais manteve a prisão do coronel do Exército Brasileiro Etevaldo Luiz Cacadini de Vargas nesta terça-feira (16). Ele é suspeito de financiar a morte do advogado Roberto Zampieri, de 57 anos, baleado com pelo menos 10 tiros dentro do próprio carro, em Cuiabá. O coronel foi preso nesta segunda-feira (15), em Belo Horizonte, Minas Gerais.

    De acordo com a Polícia Civil, o coronel passou por uma audiência de custódia e deve ser transferido para Cuiabá, nessa quarta-feira (17).

    Entre janeiro e setembro de 2019, o militar chegou a ocupar o cargo de subsecretário de Integração de Segurança Pública do governo de Minas. Em 2022, ele recebeu o título de Cidadania Honorária pela Câmara Municipal de Belo Horizonte.

    De acordo com o delegado Nilson Farias da Polícia Civil de Mato Grosso, as equipes foram até a capital mineira para cumprir um mandado de busca e apreensão e um de prisão temporária contra o coronel.

    Ele é o quarto suspeito preso pela morte de Roberto. O suspeito de efetuar os disparos, o intermediário da contratação do atirador e a mandante do crime também foram presos em Minas Gerais.

    Entenda o caso

    O advogado Roberto Zampieri foi morto com 10 tiros dentro do próprio carro em frente ao escritório, em Cuiabá. Uma câmera de segurança registrou o momento do crime. Ele foi surpreendido por um homem de boné, que disparou pelo vidro do passageiro, e fugiu em seguida.

    As equipes de socorro médico foram até o local, mas a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu. O suspeito chegou a ficar cerca de uma hora aguardando a vítima sair do local.

    De acordo com o delegado, o suspeito utilizou uma caixa revestida com saco plástico para esconder a arma do crime, e que o objeto também pode ter sido usado para abafar o som dos disparos.

    O delegado da Polícia Civil, Nilson Farias, disse que o atirador aguardava o advogado na frente do escritório e que a vítima tinha um veículo blindado há mais de 5 anos.

    “Ele tinha um carro blindado, mas já tem uns cinco anos que ele possui esse veículo, não é por ameaça recente. Hoje, especificamente, ele não utilizou, mas usava esse carro blindado de forma aleatória. Pelo que levantamos, ele nem viu o que aconteceu porque foi muito rápido”, disse.

    Prisões dos envolvidos

    O suspeito de atirar contra o advogado foi preso no dia 20 de dezembro, no município de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte. Segundo o delegado, o homem confessou que atirou contra Roberto. O atirador vigiou a vítima por 30 dias antes do crime.

    “A gente recebeu o vídeo da vigilância do escritório. Foi possível ver a face deles e conseguimos identificá-los. Chegamos no hotel em que eles ficaram hospedados e seguimos os passos que eles fizeram. O intermediário chegou no dia do homicídio e foi embora no outro dia”, disse.

    O suspeito de ser o intermediário foi preso dois dias depois, em Belo Horizonte. Segundo a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o intermediário contratou o atirador, pelo valor de R$ 40 mil.

    A polícia também confirmou que o intermediário deu uma pistola, registrada no nome dele, para o atirador. O encontro entre o contratante e o executor, para a entrega da arma, teria acontecido em um hotel onde os dois teriam se hospedado, segundo as investigações.

    Maria Angélica Caixeta Gontijo foi presa suspeita de mandar matar advogado em Mato Grosso — Foto: Redes sociais

    Já a empresária e farmacêutica Maria Angélica Caixeta Gontijo, foi presa em Patos de Minas. Ela é investigada por ser a mandante do crime. O delegado explicou que Maria Angélica já era uma das suspeitas devido a disputa agrária com o advogado.

    Segundo o delegado Edison Pick, da DHPP de Cuiabá, apesar de morar em Minas Gerais, Maria Angélica estava em Cuiabá no dia do crime. Além da sua prisão, um passaporte da suspeita foi apreendido junto com quatro armas de fogo, três pertencentes a Maria Angélica e ao marido, ambos Colecionadores, Atiradores desportivos e Caçadores (CAC) e uma pertencente ao intermediador do crime.

    “Uma denúncia anônima informou que a suspeita estaria vendendo as terras dela a qualquer preço para ir embora do Brasil. Com essas informações, pedimos a prisão temporária dos três e a busca e apreensão”, disse.

    Maria Angélica negou participação no crime e não mencionou que pretendia ir para outro país.

    De acordo com a Polícia Civil de Mato Grosso, a empresária teria ordenado o assassinato do advogado após ter perdido uma disputa judicial por uma fazenda de cerca de 20 mil hectares na cidade de Ribeirão Cascalheira (MT), região do Vale do Araguaia. O advogado assassinado era a parte contrária na ação.

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