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    Bolsonaristas escolhem Tarcísio como “novo traidor”

    Um dia após o desentendimento público entre Jair Bolsonaro (PL) e Tarcísio de Freitas (Republicanos) por causa da reforma tributária, deputados bolsonaristas afirmam que a crise escancarou a insatisfação da direita com o governador de São Paulo, que antes vinha sendo mantida nos bastidores, e que o movimento de independência pode lhe custar apoio no estado.

    O próprio ex-presidente vem atuando como bombeiro na tentativa de superar o racha, mas a militância bolsonarista segue fustigando Tarcísio como traidor nas redes, inclusive com a participação dos filhos de Bolsonaro.

    Parlamentares aliados do ex-presidente dizem que o episódio deixou claro que Tarcísio não joga com o time e tem um projeto político próprio.

    Na definição de um deles, o governador quer ser bolsonarista sem Bolsonaro, mas se esquece de que vai precisar dos votos da direita na Assembleia Legislativa e em eventual projeto presidencial.

    Como mostrou a Folha de S.Paulo, Bolsonaro chegou a interromper Tarcísio, que foi hostilizado por bolsonaristas do PL em reunião no partido. Enquanto o ex-presidente pregava voto não à reforma, o governador a defendia.

    O texto foi aprovado por 382 na primeira etapa e 375 na segunda, numa derrota para Bolsonaro e vitória para Tarcísio.

    Interlocutores de Bolsonaro e de Tarcísio dizem que ambos veem o episódio como superado e que é preciso olhar para frente. Nesta sexta-feira (7), padrinho e afilhado conversaram por telefone, em tom amigável, e se encontraram em Brasília.

    Ainda na quinta-feira (6), o ex-presidente entrou em ação para baixar a temperatura da discussão -ligou para deputados bolsonaristas que estavam criticando Tarcísio e pediu moderação. Também afirmou, em entrevista à Jovem Pan, que ele e o governador concordavam que o texto ainda precisava de melhorias antes da votação.

    “Tarcísio é dez na parte técnica, na parte política é bastante inexperiente. Ele estava chateado porque estava apanhando muito, mas faz parte das regras do jogo”, disse.

    Na opinião de aliados do ex-presidente, no entanto, o divórcio está em curso. Eles afirmam que Bolsonaro não gostou da atitude de Tarcísio, mas vai evitar um rompimento porque ele, que vive um cerco judicial e está fragilizado, perde capital político se admitir que não tem nenhum controle sobre o aliado.

    Para bolsonaristas de São Paulo, a crise não foi nenhuma novidade. O distanciamento entre Tarcísio e parlamentares da base de Bolsonaro já é consolidado no estado a ponto de provocar uma série de entraves para o governador na Assembleia.

    Com rebelião na base aliada, Tarcísio enfrentou dificuldade para aprovar mesmo projetos “mamão com açúcar”, e a expectativa de bolsonaristas é a de que a dificuldade se amplie.

    Os deputados cobram cargos, emendas, alinhamento e influência -querem que a gestão Tarcísio seja uma versão local do governo Bolsonaro. O governador resiste a ceder à ideologia.

    Políticos ouvidos pela reportagem afirmam que Tarcísio diz ser de direita apenas para se beneficiar eleitoralmente, mas veem mais influência de Gilberto Kassab (PSD) sobre ele do que de Bolsonaro. Questionam ainda a fidelidade de PSD e Republicanos ao governador com base em distribuição de cargos.

    Até agora, as críticas ficavam nos bastidores para preservar o afilhado do ex-presidente, mas deputados afirmam que a discussão com Bolsonaro e o discurso de Ricardo Salles (PL-SP) abriram a porteira para que Tarcísio seja fritado publicamente pela sua base.

    Na reunião do PL, Salles disse que Tarcísio não governa como alguém de direita. “Se tem um lugar do Brasil hoje que não tem um governo de direita é o governo de São Paulo. Não venha colocar faixa de representante da direita, porque não é. [] Chega, acabou essa brincadeira”, afirmou. (noticias ao minuto)

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