Com a provável saída de Flávio Dino do Ministério da Justiça e Segurança Pública para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Lula avalia dividir a pasta, recriando o Ministério da Segurança Pública.
A crise da segurança, que vem se agravando, afeta a popularidade de Lula e pode ter impacto sobre o PT nas eleições municipais de 2024. Uma das possibilidades é fazer essa mudança na reforma ministerial prevista para o início do ano que vem, conta Vera Rosa. E a escolha do novo titular da Justiça depende do modelo a ser adotado.
Por isso, há cotados para assumir só a Justiça, como o ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e para o 39º ministério, como o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e o secretário-executivo da Justiça, Ricardo Cappelli. (Estadão)
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, negou que haja um debate no governo sobre a divisão do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
“Esse debate não existe, não está existindo.” Padilha disse que ainda não há um nome definido para suceder Dino, mas afirmou que Lewandowski é qualificado para “qualquer cargo”. (Poder360)
Nos bastidores, o PT demonstra que quer ficar com a vaga, alegando que a pasta nunca fez parte da cota do PSB, revela a Coluna do Estadão. Petistas argumentam que Dino é uma indicação pessoal de Lula e, por isso, o governo não tem obrigação de conduzir Cappelli ou outro nome do PSB ao cargo. (Estadão)
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), anunciou ontem que a sabatina do subprocurador Paulo Gonet à Procuradoria-Geral da República será em 13 de dezembro, mesmo dia da de Dino.
A data conjunta deve reduzir o tempo de sabatina de ambos. A indicação de Dino será relatada por Weverton Rocha (PDT-MA). A de Gonet ficará com Jaques Wagner (PT-BA). (Folha)
Segundo os cálculos de Rocha, Dino conta com 55 votos favoráveis, bem mais que os 41 necessários para sua aprovação no plenário da Casa, revela a coluna de Malu Gaspar. Ele iniciou ontem as conversas com senadores e jantou com alguns deles. (Globo e G1)