A dificuldade de o PT conciliar militância com alianças ficou clara mais uma vez. Na noite de quinta-feira, o presidente do Solidariedade, deputado Paulinho da Força (SP), foi vaiado num encontro de sindicalistas com o ex-presidente Lula e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) em São Paulo.
A hostilidade fez com que ele cancelasse o ato em que seu partido formalizaria o apoio à candidatura de Lula, marcado para o dia 3 de maio. Apesar disso, Paulinho descartou a possibilidade a apoiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Não significaria um rompimento do apoio ao Lula, mas gostaríamos de discutir agora em outras condições. O que pensa o PT de uma aliança mais ampla, além de parte da esquerda que o PT juntou até agora”, disse o deputado.
Há insatisfação também dentro do PT, mas com a equipe responsável pelas inserções de Lula na TV, como conta Malu Gaspar. Classificando o material como “oportunidade perdida”, dirigentes do partido reclamam que o ex-presidente parece sem emoção e com um discurso que não é facilmente compreensível para o eleitorado mais pobre. Já há quem fale em trocar a agência contratada para o trabalho.
Redação com Meio